segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A ferver

Há uns tempos perguntaram-me qual era a minha causa, já que esta gente menor de 30, com tão fácil acesso a tudo (ilusão), parece desprovida de ideias e ideais. Respondi, sem pensar muito, que a minha causa é lutar contra os recibos verdes. E não podemos negar que se há coisa que é transversal a licenciados, não licenciados, gente das artes, gente das humanidades, gente de tudo e mais alguma coisa, são os recibos verdes. Aqueles que assinam contratos, são, na realidade, uma minoria privilegiada. Os recibos verdes contribuem para um sistema laboral demasiado perverso, não havendo a menor protecção da nossa parte, de quem preenche o recibo verde, e desresponsabilizando a entidade empregadora de obrigações sociais que deviam ser inatas na sociedade democrática.
Pelos vistos não sou a única a pensar assim, surgindo agora um movimento que pretende levar uma petição à Assembleia da República, FARTOS DESTES RECIBOS VERDES, o texto está disponível para download e deve enviar-se para a morada indicada.
No final da conversa, quando me falaram em Liberdade e no facto de nós, mais novos, nunca termos vivido privados dela, rematei com um simples: Penso que somos menos iguais do que julgamos.

4 comentários:

Mónica disse...

100% de acordo

acho que deve ser feita a destinção entre o recibo verde para uma situação ocasional e o recibo verde "definitivo", ou seja a deturpação de uma medida q devia ser vista com caracter suplementar/opcional/ocasional ao salário.

e a discussão n fica por aqui :P

Mónica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Martini disse...

Olá Mo! Esqueci-me de mencionar esse pormenor que tão bem apontas.
O prblema é que essa prerrogativa do recibo verde servir um propósito temporário é muito preversa, porque acaba abusando do objectivo inicial, o trabalho temporário.
conheço pessoas a recibos verdes há 5 anos!!! É inadmissível!

Martini disse...

Errata: Perversa!