segunda-feira, 28 de abril de 2008

Da Liberdade...

O tempo no seu sentido meteorológico, que cada vez rouba mais dias à Primavera, afirmando-se Verão, levou-me a lugares de veraneio; pelo que no dia da Liberdade não a pude assinalar dignamente. Não deixei, ainda assim, de a reflectir.
Em primeiro lugar acho importante ter em mente a data 25 de Abril como única e celebrá-la eternamente, pelos anos, pelos dias e horas de estrangulamento, de perseguição e de tantas outras coisas que a Ditadura infligiu a este Portugal, que se fez um país obscuro, oco, periférico, provinciano; um país que tinha à cabeça um ditador que dizia de ânimo leve que aprender era perigoso, sendo o resultado desta mentalidade uma larga percentagem da população analfabeta ou com o 4º ano de escolaridade.
O que acontece em 2008 e que certamente se tornará uma tendência futuramente, é que o 25 de Abril está cada vez mais esquecido como uma data tão determinante na nossa História, sendo associado a qualquer coisa que já passou e os portugueses tem por hábito não mexer no passado.
Não sou saudosista ou tradicionalista, mas a importância desta data é tão grande quanto é mantermos a memória acesa perante os factos que, na minha opinião, são inegáveis. Acho que é preciso adoptar novas estratégias para que as gerações (como a minha), que não viveram o 25 de Abril, saibam valorizar essa data, sob pena de se tornar uma época tão distante quanto o é o 5 de Outubro de 1910.
Hoje em dia Portugal é quase outro país, aderimos à CEE, viajamos mais facilmente, há programas de mobilidade jovem que nos levam a conhecer a Europa e o Mundo, há 5 milhões de Portugueses a fazerem a sua vida fora de portas. Somos mais cosmopolitas, temos mais pessoas a ir para as Universidades.
Apesar de tudo temos uma sociedade civil fraquíssima, mas com 34 anos de Liberdade nem tudo chegou à maioridade, talvez quando chegarmos aos 40.
É sobre estas coisas que medito em Abril, o mês com sabor a Liberdade Primaveril que se quer Verão. Abril este mês de conquistas, uma conquista que nenhum de nós se pode esquecer. Porque a Liberdade é um bem tão essencial e tão caro.


quarta-feira, 23 de abril de 2008

O que se vê em Marte #17



We own the night. Bom filme, a começar pelo título e a terminar na excelente interpretação de Joaquim Phoenix.

terça-feira, 22 de abril de 2008

...de se escrever #3



Os amigos deviam ter uma espécie de impermeável que os protegesse contra mal-entendidos, argumentações sem sentido, acusações, entre outros ingredientes que fazem parte das discussões.
Em tempos ouvi, sem nunca mais ter olvidado, que os amigos não se zangam e, inexplicavelmente, tenho sempre presente essa quase máxima que me faz tanto sentido; sendo aliás um argumento poderoso quando penso se será realmente meu amigo aquele que para lá da amizade, defende um argumento, mesmo que isso nos magoe e nos deixe...zangados.
A conclusão é tão simples quanto o é a hierarquia das pessoas que ao coração nos falam, quanto mais perto estão do topo menos precisamos de adereços impermeáveis. Como se o chapéu de chuva fosse um mero acessório daqueles que julgam que a protecção é mais importante, sob pena de sofrer um ataque, em vez de um coração receptivo sem medo da chuva (que molha os parvos).


Este blog está a ficar muito pessoal. Preocupante.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O que se ouve em Marte #7

O slogan do Last.Fm dá bem com o conceito: A revolução social da Música! Dou-vos um cheirinho...músicas semelhantes a The Cinematic Orchestra é só clickar no play.


O que se vê em Marte #16




Final do Estoril Open, ontem no Jamor.
E Roger Federer diz: Ah malandro do Davydenko, não me deste luta e ainda por cima desistes!

E este senhor lá ganhou mais um campeonatozito! Por isso é que está com este ar na fotografia.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Sonhos de Marte #1

Sou dada a ter sonhos muito proficuos e variados, com elementos próprios de um qualquer realismo mágico, ou da mais incrível inverosimelhança.
Esta noite tive um sonho digno da série Lost, e os mais atentos fãs desta série vao perceber o que digo.
Andava perdida entre praia e campo, entre um resort numa ilha paradisíaca e uma comunidade de terceiro mundo, com uma mochila às costas e a mala do meuportátil. Até aqui tudo relativamente normal, certo?
A questão é que depois de muitas peripécias, de encontrar pessoas e perdê-las, de entrar num carro e voltar a sair, encontro-me descalça e com um desconforto tremendo num dos pés. A certa altura apercebo-me que devo ter uma farpa qualquer enfiada no dito. Ora, quando vou a olhar o meu próprio membro inferior para conseguir andar confortavel novamente, vejo que a farpa no pé tem gravada uma palavra que sorri para mim em tons de verde muito fluorescente.
E qual era a palavra? LOST!


...de se escrever.


Acontece apetecer-me saltar para cima das teclas e desatar às palavras, do género, como se não houvesse amanhã. Mas afigura-se-me um exercício difícil porque tenho de pensar no que devo escrever, e de quando em vez, nada me ocorre.
Hoje penso de forma simples em organizar palavras à chuva e pensar em "consciência de língua". Tenho um artigo na Visão para ler sobre o acordo ortográfico; na tv ouço que é melhor não tomar aquele caminho, o "jornalista" diz-me "é um percurso que deve DE evitar"; na TSF o locutor fala que um fulano "entreteu-se" com não sei o quê; e ainda na tv a pseudo-jornalista das notícias dos famosos diz, sem o menor pingo de vergonha naquela cara, que se dúvidas "haviam" quanto à nova gravidez de Angelina Jolie deixaram de haver (qualquer dia é deixaram de "haverem" não?).
Eu cá não sei o que pensar about Acordo Ortográfico. Faz-me um bocado de comichão que os Portugueses nem saibam conjugar o verbo haver em condições. não têm consciência de língua, lá está, quanto mais receberem uma avalanche de alterações no seu mais precioso património.
Em última análise, o acordo ortográfico não muda grande coisa, os países lusófonos adaptaram à sua cultura e necessidades a língua mãe, e não se afigura que este acordo venha alterar o que quer que seja, já que a incompreensão que possa ocorrer não advém da grafia, mas da construção gramatical das sentences e dos termos próprios de cada país.

Há dias diziam-me que não posso ser tão “pé atado”, que o meu bisavô escrevia farmácia com ph. É quase a mesma coisa, vou passar a escrever "correto", "minissaia", "ator".
No fim, acho que há uma fronteira muito ténue entre ser old fashioned e querer preservar o património cultural. Uma fronteira muito ténue entre aceitar uma quase modernidade e achar que essa modernidade não faz muito sentido.
Mas atenção, ainda não li o artigo da Visão. Li outros.



Lomo




Dias de celebração LOMO. O próximo é o dia da Mãe.

domingo, 13 de abril de 2008

O que se vê em Marte #15




Esta tarde fui ao Teatro Camões ver a Companhia Nacional de Bailado.
Vi Front Line, Lento para Quarteto de Cordas e a aguardada Cantata que é simplesmente fantástica.
Uma primeira parte intíma e intensa e uma segunda igualmente intensa mas mais explosiva. Saí sem palavras.

Infusão de Marte / mini-post#7


Ontem encontrei a infusão de Marte no SemSim Café (Bairro Alto).
Achei piada e, apesar de beber o habitual Vodka Maçãs, não pude deixar de registar a dita infusão que é de Marte.

Ingredientes: Ginseng, erva princípe, gengibre, poejo, sementes de cardamomo, sementes de funcho e mel.

Caso para pensar que proximamente irei ao encontro desta infusão, talvez num fim de tarde produtivo, who knows...

SemSim Café, Rua da Atalaia, nº 34, Bairro Alto

sábado, 12 de abril de 2008

O que se vai fazer em Marte (proximamente) #1



Vem aí a 5ª edição do Indie Lisboa. E eu não vou faltar!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Coisas que se fazem quando se é um desempregado de sucesso em vias de extinção

Eu não queria causar mal estar a quem cedo se levanta, nem tão pouco brincar com aqueles que, num dia quente como foi o de hoje, estão o dia inteiro enfiados no escritório, ou na escola, ou na faculdade...
Não queria. Que isto não vos afecte...
Um dos benefícios de ser um desempregado de sucesso é poder gerir o tempo ao sabor do que nos apetece. E o que me tem apetecido é ir andar na praia de manhã cedo, para chegar a casa à hora do almoço cheia de brisa marítima na cabeça (se é que isto faz sentido) e tomar uma saudavel refeição.
Desculpem lá qualquer coisinha, mas hoje soube mesmo bem.
É engraçado a quantidade de pessoas que deambulam pela praia em tempo útil de trabalho... muito engraçado.

...e esta noite entrego-me a devaneios, quem sabe ao sabor de um moscatel fresquinho para acompanhar este ritmo primaveril em que me sinto. Estaremos no mesmo cumprimento de onda?
É que sinto-me surfar uma onda interm
inável...




quinta-feira, 3 de abril de 2008

mini-post #6

O Ministro da Ciência, Mariano Gago, diz do alto da sua sabedoria, que não há licenciados desempregados em Portugal.
Como se não bastasse o Sol para me fazer sorrir, agora tenho um Sr. Ministro também!
Que tristeza de país.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

mini-post #5

Que noite fantástica hoje!
Que bom usar roupa leve...