quinta-feira, 31 de julho de 2008

Fotos de Marte


Aqui como um dos melhores bolos de chocloate de Lisboa. É tão diferente e saboro... incrivelmente delicioso!

Mais fotos aqui,

terça-feira, 29 de julho de 2008

Estado de Marte #5

É engraçado como se chega a certa altura e as conversas à mesa deixam de ser relacionadas com os exames, os trabalhos, os meninos e as meninas e as férias grandes: é verdade houve uma altura em que as férias eram grandes. Agora as conversas são sobre o bebe que nasce daqui a 4 meses, sobre os empréstimos das casas, os contratos no trabalho, os colegas e amigos; Onde está fulano a trabalhar e quem se encontra nos concertos. Estar meia hora à mesa depois de se ter terminado o jantar a falar sobre o melhor forma de se arranjar uma casa é com certeza um sinal de adultice.

Eu cá divirto-me. Vou ser "tia"!

domingo, 27 de julho de 2008

O que se vê em Marte #28




Kings of Convenience @ Cidadela de Cascais 24.07

"Ouvir os Kings of Convinience em disco ou vê-los ao vivo é a mesma coisa e outra completamente diferente ao mesmo tempo. O paradoxo apenas existe para quem ainda não assistiu a um concerto do duo norueguês (assumindo-se cartesianamente que já ouviu os seus dois álbuns, claro). Para quem esteve na Cidadela de Cascais, porém, a antonímia da ambivalência esvai-se assim que nasce. Porque foi o que aconteceu no sétimo concerto do Cool Jazz Fest; que está de volta este fim-de-semana. 


Ouviu-se a música suave que a calma das duas guitarras e a tranquilidade das vozes de Erlend Oye e Eirik Glambek transmitem ao longo de «Quiet Is the New Loud» e «Riot on an Empty Street» e, também, o tom ligeiramente mais mexido (pouco mais ligeiramente) do que será o terceiro álbum de originais. E essa suavidade nunca deixou de estar presente. Mas houve um contraponto. Da mesma forma que Glambek tem preponderância na condução das músicas, Oye domina as atenções no palco - e não é só a cabeleira ruiva que já se intromete com os óculos imagem de marca. 

«Cayman Islands», «Love Is No Big Truth» ou «I Don't Know What I Can Save You From» já tinham exibido a primeira tendência. O primeiro imprevisto trouxe a segunda. O bom humor é comum a ambos, mas a demora em chegar o capo para a guitarra lançou Oye para uma performance além da música. «Singing Softly to Me» foi obrigada a anteceder «Homesick», mas mudar o alinhamento na hora não foi algo que embaraçasse. Pelo contrário, foi tão-só um preliminar do improviso a que Glambek e Oye recorreram de forma assinalável, com o ruivo deles como centro.

Um «Corcovado» genuíno e outro surreal 


Mais três novas canções e os dois instrumentos de cordas passaram a quatro - e as aparições pontuais do piano deixariam também depois de ser a excepção. Às guitarras dos dois reis juntaram-se um contrabaixo e um violino como suporte e «Stay Out of Trouble» deu início ao primeiro show improvisado de mouth trumpet de Erlend Oye - agora o contraste vincado com as cordas, mas ainda apenas outro prenúncio. 

Nova série de novidades terminou abruptamente com a guitarra de Oye estragada tal foi o reconhecido entusiasmo de batuques que escaqueiraram o microfone. Novo (re)alinhamento, pois não havia outra guitarra e o trompete humano foi ganhando dimensão sonora e... coreográfica. Mas foi «I'd Rather Dance With You» que trouxe o melhor improviso, desta vez ao piano, quando a falta de segunda guitarra já tinha deixado o plano das inconveniências. 

A grande surpresa de Eirik Glambek ficou guardada para o encore. Sozinho, mesmo que não o tenha ficado muito tempo - voltou ao palco para ter o som da sua guitarra como único acompanhamento da voz com que cantou em português «Corcovado» de Tom Jobim. E nem a aparição de Oye para o seu encore (não com o inglês da versão de Sinatra, mas com um último improviso que entrou no surreal poético) chegou para interromper a suavidade de novo depositada na forma última de «Misread»."


In Diário Digital

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Outros Planetas #1

Tenho estado a ler (já com algum atraso) o blog Até Onde Vais com 1000 Euros? Onde o Jorge e o Carlos contam (em tempo real) a sua viagem de bicicleta, com o objectivo de chegar a Dakar, mas apenas com 1000 euros. Não saberemos se realmente chegaram (bem eu não sei que não gosto de começar as histórias pelo fim), mas o importante não é chegarem, é a forma como chegaram e as peripécias pelas quais passaram. Tem vídeos e histórias muito cómicas, aconselho vivamente. 

mini-post #9

Mistério da vida...

Quem passar no Largo Conde Barão (Santos), como eu passo todos os dias, principalmente à hora do almoço, vai reparar que em frente à farmácia está sempre estacionado um carro, na esquina, de porta traseira aberta. Sozinho, sem dono por perto, sempre no mesmo lugar, sempre de porta aberta. Nunca vi ninguém perto daquele carro, nunca o vi em movimento. Vejo-o sim todos os dias de porta aberta. É um mistério.

terça-feira, 22 de julho de 2008

O que se vê em Marte #27

Para quem gosta de aproveitar a so called silly season sem ser na praia, há vários programas citadinos como opção. 

Sendo que temos o CCB Fora de Si, o Jazz no Rossio, o Pleno Out Jazz, ou mesmo o Jazz na Gulbenkian (que só começa em Agosto). Sigam os links para ver as respectivas programações. 

Este Domingo decidi ir ao Anfiteatro Keil do Amaral ouvir  Jazz sentada num puff. Acho que não havia melhor programa para relaxar. E recomendo vivamente!

domingo, 20 de julho de 2008

O que se vê em Marte #26

Leonard Cohen @ Passeio Marítimo de Algés 

Numa palavra: sublime. 

do Lat. sublime

adj. 2 gén., excelso; nobre, muito elevado (no sentido moral); perfeitíssimo; excelente; grandioso;
poderoso; majestoso; encantador; magnífico; esplêndido; s. m., o mais alto grau de perfeição; a perfeição do belo; o que há de mais elevado nos sentimentos, nas acções; aquilo que é sublime.

Lisboa preparou uma noite amena para receber o Senhor Leonard Cohen; a temperatura estava perfeita, como uma brisa muito suave, digna de uma noite com a de ontem, muito ao género português, que perante coisas muito sérias porta-se sempre muito bem.

O Senhor Leonard Cohen é figura de digno respeito, cujo lugar na História da Música do Século XX é inegável e para aqueles cuja existência gira muito à volta da música, como a minha, não poderiam perder um espetáculo destes.

A sua voz irrepreensível, a par da banda que o acompanha, ofereceram a um público maioritariamente adulto 2 horas e meia de extâse perante a presença de tamanho vulto musical. A limpidez do som - não tinha ouvido este ano tamanha perfeição e o alinhamento foram ingredientes para uma noite única.

Gostei muito de ver Leonard Cohen e orgulho-me de ter este Senhor no meu curriculum musical. 

Como cheguei uns minutinhos atrasada, o concerto começou pontualmente às 9, perdi esta música, pelo que a relembro em vídeo. 





sexta-feira, 18 de julho de 2008

Estado de Marte #3

Voltar.
Como dizem os espanhóis, volver. Não sei qual é a carga da volta e as implicações que essa mesma tem. Por vezes tenho a sensação que não devia voltar a lugar nenhum, para conservar as memórias que arquivei e saboreá-las sempre que me apetecer apenas relembrar. O pensamento é sempre um melhor a aliado, podemos controlá-lo. Ao invés da realidade que nos surpreende e não podemos controlá-la.
Mas afinal que piada tem o controlo? Talvez o inesperado seja aquilo que nos faz viver.
Já entrei em divagações.
Voltei e espero que a realidade me surpreenda, apesar de achar que esta realidade constituí a maior previsibilidade possível imaginária (eheheh).
As pessoas são previsíveis, os lugares são previsíveis. Tenho apenas que fazer um esforço para não ser previsível comigo.
As consesquências do "volver" sabê-las-ei daqui a uns meses.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O que se vê em Marte #25



Optimus Alive - Passeio Marítimo de Algés

Posso afiançar com toda a certeza que vi dois dos melhores concertos que aconteceram este fim de semana para os lados de Oeiras/Alges. Roisin Murphy - que energia inesgotavel! E The Gossip, concerto que tinha falhado no ano passado no Super Bock Super Rock, com Beth Ditto à cabeça de uma banda cheia de energia; o dito evento musical acabou em apoteose com parte da audiência em cima do palco a cantar e dançar Standing in The Way of Control.

O Senhor Bob Dylan, apesar da sua importância na história da música, não me convenceu. Nunca gostei de sua voz, mas posso dizer que já vi Like a Rolling Stone ao vivo. O Senhor Neil Young ao que parece prestou um digno tributo à música, mas tive que abdicar pela tenda electrónica onde assisti aos concertos que referi em primeiro lugar.

No primeiro dia falhei, com enorme pena minha, The National e MGMT, mas outras oportunidades surgirão.

E para terminar o festival um concerto de Ben Harper.

Havia tanto para dizer sobre Ben Harper...mas não temos tempo.

Acho que há 10 anos o Ben Harper estava completamente em alta, num meio indie, pouco dado a multidões. De lembrar que deu um concerto se não estou em erro em 1995 na Aula Magna (o lugar dele) e 5 anos mais tarde no Coliseu. Com a entrada no novo século e Ben Harper na moda, na minha opinião, e sublinho, na minha opinião, entrou numa fase descendente, depois do álbum ao vivo que o tornou galactico.
Continua a ser um artista tremendo, profissional, grande músico. Mas a fórmula que me encantava há uma década continua a ser a mesma, pelo que abandonei o concerto ao final de meia hora. Já vi o senhor 3 vezes e esta quarta não traria nada de novo.

Apesar da poeira, o Optimus Alive está aí para ficar, fazendo concorrência feroz ao Super Bock, Super Rock.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Estado de Marte #2

Este blogue entrou oficialmente na Silly Season! Acontece...