Não sei se é dos meus olhos, do meu processo sensorial, mas há muitas realidades em que me encontro nas quais geralmente chego à conclusão que me sinto dentro de um filme. É tudo tão cinematográfico. Na volta, no fim, tudo é cinema.
A sala não tinha muita luz e a toalha de mesa teria, talvez, tons de vermelho, o som era qualquer coisa entre o médio oriente e o étnico.
A tragédia começa quando me mandam abrir uma garrafa de vinho, mas quem em plenos poderes de ratio me manda abrir uma garrafa de vinho? A conversa é trágico-cómica, parece um filme italiano. 4 vozes no feminino. Mil problemas. Gargalhadas e sorrisos, racíocinios e perguntas dificeis.
O filme tem um final infeliz porque uma das personagens principais, aquela que alinha estas palavras, tem o maior ataque de choro de todos os tempos, talvez só comparável com o visionamento do filme A Paixão de Cristo. Riam, isto tem piada.
Pelo meio sou atacada por uma gata que não é uma gata é um Gremlin, e eu devo ser a água que a transforma num animal desequilibrado e transtornado.
É verdade, a salada estava tão boa, mas mesmo, a salada estava mesmo divinal. E a minha garrafa de moscatel? Minha grande amiga.
É díficil responder à pergunta "O que se passa, Martini?". Mas neste momento eu digo "Eu não estou bem", pelo que respeitem os meus silêncios, os meus racíocinios talvez sem sentido. Tudo. E este post é como um manifesto, o meu manifesto do silêncio, o meu direito à dor, à tristeza.
Não tenho pachorra nenhuma para estar em baixo, mas estou, e hei-de estar, mas também vou deixar de estar. Aguardem. Mais jantares haverá.
Um dia escrevo um filme. Mui trágico, mui cómico.
1 comentário:
"tirem-me deste filme"...como te compreendo :D ou tlv não, não interessa, tou aqui em solidariedade, a tia
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