quinta-feira, 29 de abril de 2010

Uma silueta, uma fotografia

Parte primeira.

Uma visão de uma Aldeia. Uma Silhueta.

Uma imagem.
Há pessoas que deambulam sem prazer, no sabor desconhecido de horas longas que entorpecem o rigor citadino. O som é tão lento quanto os cem passos que aquele corpo envelhecido dá até ao ponto de encontro; onde, em cima de uma mesa, se jogam cartas para enganar um tempo sem estrutura. Ouvem-se as gargalhadas num fundo tão intenso quanto distante. E as árvores agitam-se e dançam. E parece que é fim de tarde.
A aldeia espalha-se numa linha recta de casas com um pé direito baixo. As árvores dão o tom e ao fundo vê-se uma correnteza de bancos onde todos se sentam quando estão cansados.
Noutros tempos montou-se um cinema em noites quentes de ar livre. Durante as projecções dos filmes havia pouca luz e muitas cabeças na mesma direcção. Todos comentavam os filmes e todos esperavam por Sábado.
Mas hoje é o dia e hoje não há cinema.
Hoje há uma silhueta lá ao fundo. Há ruídos distantes. Há uma tristeza conformada. Há um cheiro que vem da terra.
Há uma fotografia a preto e branco.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O que se ouve em Marte #19


É um dos álbuns mais entusiasmantes dos últimos tempos. O canadiano Daniel Victor Snaith, conhecido por Caribou, aperfeiçoa os seus sons nos teritórios electrónicos e da-nos um puro deleite musical.

Um regresso

Para um regresso não é preciso muito, apenas uma vontade. Resta saber se é uma vontade consistente, ou apenas um rasgo do pensamento.
Tenho dúvidas se devo manter este blogue ou iniciar um novo, e é sobre isso que vou reflectir nos próximos dias.
Quero apenas sentir o pulsar das palavras dentro de mim e poder escoá-las para algum lado. Procuro a resposta se aqui será o sítio certo. Vamos ver. Por enquanto penso que "estou de volta" é uma boa frase.