terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O que se ouve em Marte #16



Antony & The Johnsons - The Crying Light


Ao terceiro álbum de originais creio que Antony não se confirma, uma vez que é um de raros artistas que não precisa de confirmação; todas as suas obras são uma espécie de afirmação de um "eu" distante dos demais, de um way of living muito próprio. E quem gosta ouve, absorve e encanta-se. Quem não gosta não precisa de penetrar neste mundo etéreo, onde a música se faz urgente numa espécie de chamada, onde Antony Hegarty se afirma a si próprio. Talvez seja mais importante para ele mostrar como vê o mundo e nós que o ouvimos aceitarmos, do que o contrário. E o mundo de Antony Hegarty é melancólico, sincero, crú e no fim, o essencial, extremamente musical.
Agora ouço The Crying Light, um álbum atmosférico e cheio, cheio, cheio.
A propósito da capa do álbum(imagem em cima), uma fotografia do bailarino Kazuo Ohno, Antony diz: "The Crying Light is dedicated to the great dancer Kazuo Ohno. In performance I watched him cast a circle of light upon the stage, and step into that circle, and reveal the dreams and reveries of his heart. He seemed to dance in the eye of something mysterious and creative; with every gesture he embodied the child and the feminine divine. He's kind of like my art parent."

4 comentários:

SPES disse...

Hoje vou deixar aqui o comentário que deveria ter deixado no teu blog a semana passada mas que as loucuras do meu portátil impediram...
É mesmo incrível como vivo em Londres e o teu blog continua a ser uma referencia cultural e na qual me inspiro muitas vezes.
É bom descobrir novidades através das tuas palavras e da forma como ves o mundo de forma atenta =).

Nao pares de escrever porque estarei sempre aqui para ler e comentar os teus comentários ao mundo!

Martini disse...

OH SPES:)
Beijinho de saudades e obrigada!:)

m@tix disse...

Exelente crítica e completamente deacordo com ela......
;)

Martini disse...

Obrigada m@tix!:)